Algumas observações sobre o estado atual da bioética na Argentina

Autores

  • Delia Outomuro Universidad de Buenos Aires

Resumo

Este trabalho apresenta a tese de que a bioética na Argentina corre o risco de funcionar como instituição, no sentido antropológico do termo, e como tal, longe de contribuir para a cristalização da racionalidade emancipadora, cumpre a função de legitimar o estatus quo. Na bioética Argentina coexistem as etapas emotivas, reconstrutiva e de consolidação disciplinar com todos os perigos inerentes à cada uma delas. O legalismo e o jurisdicismo dos conflitos éticos, o fundamentalismo, o charlatanismo, a espertocracia e o esnobismo desvirtuam a convivência democrática.

Finalmente, postula-se que a bioética deve promover a realização da comunidade ideal de comunicação e que, portanto, o caráter pluralista, transdisciplinar e prodecural deve prevalecer no discurso como condição sine Qua non para a articulação dos interesses emancipatórios das pessoas.

Palavras-chave:

Bioética, perigos, instituição, status quo, pluralismo, emancipação.

Biografia do Autor

Delia Outomuro, Universidad de Buenos Aires

Profesora Regular Adjunta de la Facultad de Medicina en la Universidad de Buenos Aires (UBA). Coordinadora de la Unidad Académica de Bioética en el Departamento de Humanidades Médicas de la misma Facultad.